Tuesday, January 10, 2012

LICEU NACIONAL DA GUARDA - A GUARDA E AS SUAS GENTES -
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Thursday, July 28, 2011

25Ago2011
Olá malta da Guarda e OFICINA DE COMPUTADORES e outras aulas da UTIB se acaso lerem este blog directa ou indirectamente:
Quem quer ir na próxima terça-feira ao almoça no VÁVÁ, no cruzamento da Av. de Roma e a av dos EUA?
Por favor apareçam e deixem um comentário para eu (e outros?) sabermos, com emails e tudo!!!
Valeu?
José Patrício
antigo estudante da Egitânia
http://www.finalistas-6667-lng.blogspot.com/

Sunday, March 11, 2007



2009/Fev/03


HINO AAEG

AUTOR: CUNHA SIMÕES

Antigos estudantes que cantais
A Terra forte, feliz, fiel e farta
E nos seus braços colocais
Os sonhos vividos noutra data.

Cantai, cantai de amor e sentimento
A Guarda de todas as paixões
Que nos deu coragem e alento
Para vencer a vida e as emoções.

Guarda!
Ó Guarda singela
Tu és tão bela,
Canto de amor.
Ó Guarda!
Coração de dor,
Minha neve caindo
Do céu sorrindo
Meu botão em flor.
Guarda!
Ó Guarda,
Eis o lamento
De quem te ama
De quem te canta
Com sentimento.
Guarda!
Coração de dor.
Minha neve caindo
Do céu sorrindo
Meu botão em flor.

Somos da Guarda estudantes
Que cantam como era antes
A vida na cidade.
Somos eternos sonhadores
Da saudade.
Cantamos, cantamos,
A Guarda dos nossos amores.
Da nossa amizade.
.
Cantamos, cantamos,
Choramos, choramos
Nos nossos corações.
Ah, Guarda, Guarda!
Guarda.
Terra amada
Há muito desfolhada
E por nós tanto amada.


[FIGURAS: CLICAR PARA AUMENTAR]




11.November 2008
Inclinai por um pouco a majestade
Que nesse tenro gesto vos contemplo,
Que já se mostra qual na inteira idade,
Quando subindo ireis ao eterno templo;
Os olhos da real benignidade
Ponde no chão: vereis um novo exemplo
De amor dos pátrios feitos valerosos,
Em versos divulgado numerosos.

Morreu o Rei.
Todos conheciam o meia-leca. O homem era de baixa estatura e foi por isso que o alcunharam de meia-leca. Mas era um meia–leca metafórico que correspondia nada menos que a “sua Majestade”. Sim, porque a antiguidade essa dignidade lhe conferia. Chegou ao antigo 6º. Ano do Liceu, no Liceu Nacional da Guarda, já se vê. E aí, começou a marcar passo. Corridas não eram para ele e, por isso, estava constantemente a ser ultrapassado, não em anos de permanência porque era isso que lhe conferia a dignidade. O pai era alfaiate. Muitas vezes o vi passar por mim com cara preocupada talvez pedindo intimamente que fizessem alguma coisa pelo filho. Mas a Regeneração não era para ele. Lembro-me também de um tal “Eurico das Vassouras” a quem um tio major pagava os estudos, que era ali de ao pé do Sabugal e que permaneceu 6 anos no antigo 6º. Ano, mas regenerou-se. Fez-se mestre-escola, entrou na vida normal, constituiu família e aí acabou-se a história.
Mas o meia-leca não. Nunca passou da cepa torta o que não impediu que a amizade dos companheiros de escola ficasse e durasse para sempre. Era um símbolo.
E anedotas tinha muitas. Já lá vai muito tempo, se alguém quiser meter alguma nos comentários faça favor.
Mas acabou-se, o meia-leca morreu.

O Luciano,
Conheci-o no 1º ano….
Sempre impecável no trajar,
Moças à esquerda e à direita
A vê-lo passar…
A partir corações
E a cantar serenata
E a comandar as coortes dos seus lusitos…
Um dia correu comigo do seu gabinete!...
Tinha ido ao funeral do pai
E no dia seguinte
Deu-lhe o ginete!
Eu e o Gamboa II entrámos
Sem pedir licença
No seu gabinete.
Sua excelência não gostou:
Rua meus amigos, disse, irritadiço:
Conhaque é conhaque,
Serviço é serviço…
E agarrando-nos aos dois,
Pela farpela,
Quase nos atirava pela janela…
Sem mais àquela …
O Gamboa I, veio a saber mas…
Nada quis dizer…
No dia seguinte já tinha passado.
Toca de passear com os dois…
Aquilo fora um repente
E meio século depois,
Alguém da comitiva
Lá no Mirandela
Que um dia eu confundira
C’o Cinderela,
Diz uma pequena frase fugitiva:
O Calheiros já morreu.
Fiquei pensativo e de certo modo triste
Porque o Luciano autoritário,
Era afinal de contas um amigo,
Aquele cantor legendário,
E esqueci que me franzira o sobrolho,
Com uma lágrima
No canto do olho.


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O TEMPO E O VENTO



O tempo e o vento
São iguais em velocidade,
Mas a memória,
Com muito tento
Faz a fotografia, detém a história
E a tipografia dá–nos a ideia, o testemunho,
Dos estudantes da Guarda,
Das suas tropelias, das suas festas,
Em aferrei ás,
De colheres em punho
As fitas ao vento
No baile de finalistas, de capa e batina,
No 1º. de Dezembro,
Em dias de rotina
E, se bem me lembro,
Na estrada à boleia;
Havia a praxe, os mariolas,
Havia as aulas
E também os cartolas;
E aqueles malandros,
Amigos do livro
E da brincadeira,
Bons no estudo
E também na asneira;
Muito bons rapazes,
Mui foliões,
Ninguém vai esquecer
O Cunha Simões,
Nem o Sá Pessoa
Que faz muita falta,
Pois o seu quarto
Era o da malta;
Nem o Chartier, aquele folgazão,
Bom camarada, mui brincalhão!
Nem o Escudeiro,
Aquele atirador,
De grande estima,
Da arma favorita,
O herói da esgrima,
Ajudado p'lo Rita,
Aquele catita,
Tabém Quadrado,
Parada e resposta,
Parada e resposta,
Com sua graça,
Atirando de lado,
Ganha a taça
Lá na capital
Etc. e tal...!
e todos conheciam a Eneida
E também o Martins d'Almeida,
"Castigador" emérito,
E também aluno de mérito
E era o Leite,
Mano a mano
A jogar matraquilhos
Com o Herculano;
E havia as repúblicas:
Das vassourinhas,
A do néctar com filtros de eros;
As donzelinhas
Cheias de amor, dádivas celestiais,
Fazendo olhinhos
Ternos, divinais,
Aos estudantes, aos rapazinhos
E o Luciano, o grande cantor,
A fazer serenata,
A partir corações
C’oa malta cognata,
E também o Bidarra
A cantar d’amores
Ao som da guitarra,
E naquela cidade nada faltava,
Nem vento nem frio,
Pois até nevava
E, é claro, a mocidade com suas “coortes”,
Acampando em suas tendas,
Divisando os palheiros
Com cada chefão
Tais como o Calheiros,
Ou o Aragão;
E havia os cantares à volta da chama,
Amenos serões
Conduzidos p’la fama
Do Cunha Simões.
E lá no quartel, havia o Marcolino,
Aquela delícia,
Lá na milícia
A prometer,
Por bom comportamento,
Um par de polainitos
Aos seus lusitos;
E havia a mamã
E a Académica, que se acaso perdia
Lá na Covilhã,
Dava bojarda
Pois era o demónio
Com os da Guarda,
Um pandemónio
A defender a “Briosa,”
Chartier e Casimiro à frente, mocas em riste
Que ninguém resiste;
E sabem do Rau, aquele gigante,
Que lá na milícia,
Corria os cem metros
Ali num instante;
E os trepadores,
“Mas o que é isto?
Subida à corda de uma braçada?”
“São os da Guarda c’o seu Manisco,
Não há problema, não admira nada.”
E havia o ping-pong com seus campeões
Como o Alçada
A deliciar a malta
Que lhe agradecia com ovações!
E do Carapito, era o Foitinho
Que p’ra tirar o canudo
Palmilhava o caminho
Com vento, frios, neves e tudo.
E o Ramalho, e o Cavalheiro,
Brilhantes como o sol
A jogar futebol.
E que Deus me ajude,
Recitei poesia
No Rádio Altitude,
E o Mário cantou
E os outros quejandos
A delirar multidões
Como o Simões.
E era o Côncio, a fugir à ginástica,
E o médico escolar,
Que não gostou nada,
Como era o pai
Deu–lhe uma estalada;
E era o Pala, o Fausto Proença,
Eram os Gamboas e o Samuel,
Aquele moço loiro
Que impediu o Zé António de rapar o caloiro.
E era o Nabais
De Quadrazais
E também o Salvado
Lá na milícia
Que não salta o muro nem obrigado;
E o Matos, aquele atleta
Apaixonado, vejam lá,
P’la bicicleta.
E o Carvalho Gomes
E seu grupo unido: Morgado, Madeira, Rios,
O João de Távora de pergaminhos e brios;
E outros quejandos
Como os de Celorico,
Olha o Vaz, olha o Victor,
O Ravasco, O Rebordão, O Amílcar,
O Ribas, o Madalena,
Mas que grande escol,
O Vítor Rocha do Voleibol,
O Direito de Manteigas
E o Melo,
E havia os de Pinhel,
O Cunha, os Adéritos, o Caldas Caetano,
O Artur e o Manel;
Era o Jorge, o Portugal
E outros tantos et cetera e tal,
Da terra do demo, do vento norte
E tantos outros
Em quem poder não teve a morte.

O BAILE DO FUNDÃO

Nos braços ténues da fantasia
Percebi bem a alusão
Pois eu fui um dia
A certo baile no Fundão.
Tinha bom meio de transporte,
Nós, os ricos, é assim
É tudo de mão cheia;
Vestidos de preto e à boleia
Estrada fora, sempre andando
Olhando as raparigas de soslaio
Por vezes com certo enfado.
A educação na família
Insistia que era pecado.
Mas nos braços da fantasia
Quem é que a mim me diria
Que de certo modo apertaria,
Ao ser levado em triunfo,
Tanta rapariga, tanto calor.
O que se passou "in illo tempore"
Foi verdade, sim senhor!
E por causa desse baile
Esqueci o pecado e o pudor.
Comigo também viajava
O Teodoro, que por causa do baile,
Não foi ao sonoro.
Como não tínhamos um tostão
O Teodoro estendia a mão
E pedia a cada um
Uma oferta para entrar.
Enquanto isto acontecia
Eu pensava e rezava,
Ligava céu e terra.
E não é que veio o milagre!
Ao dar a volta ao edifício
Eis que de sem ver mais nada
Fiquei de repente sorridente
Pois que vejo na minha frente
Uma janela escancarada!Esquecimento?
Não.
O nosso amigo que gosta da brincadeira
Vai logo ao fundo da questão: É milagre, pois então
Pois se eu rezei...
Uma vez lá dentro compreendi quem era o santo
Da minha devoção,
E que por causa de uma cretiniceDo professor Ferreirinha,
Resolveu mostrar as suas razões,
Foi para o colégio do Fundão.
Quem é que me aparece?
Daquela maneira,
A fazer milagres na Cova da Beira?
O maior camarada de sempre,
O amigo que não esquece,
Da Guarda o grande folião,
De serenatas, estudos e serões
Era? Quem havia de ser,
O meu amigo Cunha Simões.……
...
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A GREVE DA AULA


É em Maio, no mês das flores,
S’tá a natureza em festa,
Engrinaldada,
É um convite ao passeio,
Ao absorver dos odores
P’los campos, p’los relvados,
Um convite de amores,
Ao falar das pequenas
E de coisas triviais.
“Meus Senhores”
Diz alguém a plenos pulmões
As suas razões:
“A aula que se lixe”,
Diz o Simões.
E como ele é líder
Lá vai a rapaziada
Toda entusiasmada
Que em vez de ir à aula
A aturar a chatice
Daquela famigerada, complicada
Que na prática
É a Matemática,
Se mete à estrada para cumprir, denodada,
As deliberações da mesa.
O reitor, era ele o professor,
Estranhou a míngua
De alunos seus:
Cinquenta por cento,
Mais um ou dois
A ganhar por pouco as eleições.
Mas, como estava o Patrício
O nosso homem pensou:
“Eu sei quem foi que os aliciou,
Mas se este não alinhou
Ele virá à razão”.
E a coisa passou
Fazendo de contas que foi a gripe
Epidémica, danada, a brincar c’oa rapaziada
Assim como quem já a espera
Em plena Primavera.



Notas e comentários:

SR. DOUTOR:
Estes dois últimos versos são uma ironia. E bem sabeis que a ironia é AQUELA FIGURA…, enfim, etc., falando português +, “uma pessoa diz uma coisa querendo significar precisamente o contrário daquilo que diz”.
Porque
A GRIPE EPIDÉMICA, MALVADA
ERA NO INVERNO FRIO DA GUARDA
QUE DAVA CABO DA RAPAZIADA.
Mas o homem deve ter pensado,
“Não se pode ser rijo demais
Pois é pior o resultado
Até com os animais.
Vamos com jeito,
Vamos com muito cuidado,
Tomemos as coisas a peito
Para obter bom resultado”.


AGORA O MEU AMIGO
QUE É BOM PROFISSIONAL
A FAZER POESIA, CERTO,
FAÇA OS CORTES QUE ENTENDER
PARA TORNAR A COISA TRAGÁVEL
ENFIM, AGRADÁVEL DE COMER…
…..…………………………………………
………………………………………………
etc. e tal
já sabes como é
afinal,
ABRAÇO
Patrício

BATEM LEVE, LEVEMENTE

………
………
………
………

BATEM LEVE, LEVEMENTE
COMO QUEM CHAMA POR MIM,
BEM O DIZIA SUAVEMENTE
EM JEITO DE POETA, ASSIM

LÁ NA TERRA INCLEMENTE
UM TAL GOVERNADOR CIVIL
A QUEM CHAMOU TODA A GENTE
O POETA AUGUSTO GIL.

BRANCA E LEVE, BRANCA E FRIA
SEMPRE QUE A GENTE A VIA
ERA AQUELA ALEGRIA
DAS BATALHAS NA VIA,

AOS GRUPOS OS RAPAZÕES
À’TIRAR ÀS RAPARIGAS
E, É CLARO, O SIMÕES
O LÍDER, CHEFE DAS BRIGAS.

RECORDAR É VIVER,
FAZES ANOS, PARABÉNS,
JÁ QUE OS NÃO PODES DESFAZER
HAJA FESTA, HAJA PÃES

PÃES-DE-LÓ E TAMBÉM DE LÁ
HAJA ALEGRIA, FANTASIA
E PARA TERMINAR TOMA LÁ
UM ABRAÇO QUE NÃO ESQUECIA;

O QUE É A VIDA, AFINAL?
MADRASTA QUE COM JEITO,
FIRMEZA E POR VEZES HUMOR
É SEMPRE O MAIOR FEITO

DE QUEM CAMINHA P’LA VIA
NEM SEMPRE UMA AUTO – ESTRADA,
MAS ENFIM É A VIDA,
CONTINUEMOS A CAMINHADA.

OS PARABÉNS JÁ TE DEI
E UM ABRAÇO TAMBÉM
FAZ ANOS O REI:
FELICIDADES A CEM.

PATRÍCIO




MATRAQUILHOS

Cá o rico…
Era na Guarda
Quando se vai para Celorico:
A barraca tinha meninas,
Tiro ao alvo
D’espingarda
E também matraquilhos!
Eu era católico,
Mas jogar
Com o Renato mano a mano,
A par e par com o Herculano
O grande Leite e algum do Souto
E também o Valério do Couto,
Que diabo?
Não era pecado.
E as prostitutas?
Cuidado!!!
Pois cá o freguês
Pensa que vai morrer se lhe vão tirar os três!
Mas no fim,
Lá iam d’escopeta.
E quanto a mim?
– Ó filho, queres?
– Não, obrigado.
– Obrigado? S’tás a brincar?
Se vens tens de pagar.
E sem reparar que era uma brasa,
Contente lá ia pr’a casa,
Cantando, mui bem caladinho,
Uma área p’lo caminho.

Patrício

Agora riam, sim, mas devagar
Porque
O equilíbrio faz o homem
E o homem faz o equilíbrio
Desde que…naturalmente,
Tenha dinheiro no outro prato da balança
Para…manter o equilíbrio.
...
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